segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Atores conversam sobre o espetáculo “Cabeça ao Vento"


Na tarde desta segunda–feira (02), foi realizado na Casa da Cultura Dide Brandão um encontro que reuniu atores e espectadores, amantes do teatro, para falar sobre o processo de montagem da peça “Cabeça ao Vento”. Destinado ao público infantil, o espetáculo emocionou o público na tarde de domingo (01), no Teatro Municipal de Itajaí, com a história de Léo, que perdeu o pai aos oito anos de idade.

A peça mostra como o garoto lida com esse sentimento de ausência. A brincadeira preferida do menino era soltar pipa, até que um dia a pipa se rompeu e sua mãe lhe deu de presente de aniversário um livro, que tratava de personagens históricos. Através dessas leituras ele passou a fantasiar o mundo dos personagens e conseguiu superar a ausência do pai. A peça apresentada pelo grupo Pandorga, da Companhia de Teatro do Rio de Janeiro, foi a segunda da Mostra Nacional do festival.

Durante o debate, o grupo comentou que é possível trabalhar fazendo a comunicação com diferentes faixas etárias de público, mesmo quando se trata de uma história que envolve a psicologia infantil. O diretor do grupo, Cleinton Echelvest, revelou que a escolha do tema foi motivada por um acontecimento pessoal. A partir daí começou a desenvolver o roteiro, e com três meses de preparação a peça foi lançada e já está em circulação há um ano e meio. O espetáculo também rendeu a publicação de um livro, lançado pela Editora Giostri.

Cleinton explicou que o grupo passou a fazer uma pesquisa sobre dramaturgia infantil, para entender como trabalhar com esse processo de interpretação, com o objetivo de proporcionar as crianças a se levarem pela imaginação. “Como luto é uma temática muito forte procuramos também dar alguns toques de humor. Acredito que a reação varia muito para cada criança, algumas dão risadas com o comportamento do personagem , já vi outras que choravam muito por talvez passar por uma experiência de vida parecida com a de Léo”.

Ainda nesta segunda-feira, na Mostra Nacional, quem se apresenta é a Súbita Companhia de Teatro, de Curitiba, com a peça “Porque não estou onde você está”. O espetáculo trata da relação peculiar entre um homem e uma mulher que constroem ao longo do tempo estratégias de convivência e de comunicação. Eles criam uma infinidade de regras para as suas ações cotidianas e reinventam a comunicação através de uma linguagem própria, elaborada a partir de gestos e ações corporais que só eles compreendem. Criado a partir de textos do livro “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto” do autor contemporâneo Jonathan Safran Foer, o espetáculo questiona a fragilidade das relações humanas. Fala sobre pessoas que amam profundamente, mas têm extrema dificuldade em dizê-lo. A apresentação será às 20h no Teatro Municipal e os ingressos custam R$ 20,00 inteiro e R$ 10,00 meia entrada (para estudantes, idosos e para quem levar um litro de leite).

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