domingo, 8 de setembro de 2013

Terceira edição do festival reúne 3 mil pessoas




Encerrou na noite deste sábado (07) a terceira edição do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha, uma das maiores mostras de arte do país. Durante oito dias, além das mostras locais e nacionais, foram promovidas oficinas para formação do artista, conversas sobre o processo de montagem dos espetáculos, mesa de debate sobre o papel da crítica no teatro contemporâneo e exposição fotográfica.

Segundo Jônata Gonçalves, da organização do Festival, mais 200 representantes da classe artística, participaram diariamente da programação e 2800 pessoas assistiram às mostras nacionais no Teatro Municipal.

O intercâmbio entre os grupos é o que considero de mais significativo nesta terceira edição do Festival. O contato diário com a realidade de outros Estados, o surgimento de novos projetos entre os grupos teatrais e a nossa maneira de bem receber os artistas, foram os diferenciais apresentados por eles e que tornará o Festival melhor e maior a cada ano”, afirmou Jônata.

Para Humberto Giancristofaro, um dos críticos do festival, “a curadoria do III Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha conseguiu reunir uma diversidade de manifestações culturais nessa edição de 2013. Diferentes linguagens foram contempladas para retratar a profusão do que o Brasil oferece, de cenários modernistas paulista à estética da seca da Paraíba”.

O espetáculo que fechou a terceira edição do Festival, Como Nasce um Cabra da Peste, da Agitada Gang de João Pessoa/PB, é centrado nos preparativos e procedimentos populares para o nascimento de uma criança no sertão nordestino.

Mesmo ao transportar para o palco essas situações numa abordagem cômica, o fez de maneira comovente, humana e respeitosa para com o homem do interior e sua cultura. Através da encenação do ritual do nascimento de mais uma criança no árido e hostil mundo da pobreza nordestina, pelas mãos de uma parteira – misto de santa e médica, temida e respeitada – autor e atores resgataram da tradição oral e do esquecimento, o misticismo, a religiosidade sincrética, a luta pela sobrevivência e a doçura do homem do sertão.

Toni Cunha

O nome do festival é uma homenagem ao artista Antônio Carlos Cunha, sempre lembrado pela classe artística como um facilitador cultural de Itajaí. Foi membro fundador da Academia Itajaiense de Letras, diretor da Casa da Cultura Dide Brandão, trabalhou cerca de 10 anos na Fundação Cultural de Itajaí e foi o descobridor do poeta Bento Nascimento, entre outras ações.

Além do festival, a sala de espetáculos do Teatro Municipal também foi batizada em 2011 com o nome de Toni Cunha. Um painel, com sete metros de comprimento, com uma imagem grafitada de Toni, está fixado no hall do teatro, dando boas-vindas aos amantes da cultura e da arte.

Fotos em: http://www.flickr.com/photos/secomitajai/

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