quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Atrações desta sexta-feira no Festival de Teatro

Odisseia é a penúltima atração do festival

Um dos principais poemas épicos da Grécia Antiga, Odisseia, escrito há quase três mil anos pelo pensador Homero, ganhou uma versão contemporânea que promete envolver o público nesta sexta-feira (06) no III Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha. A partir das 20h, no Teatro Municipal de Itajaí, o Estúdio da Cena de São Paulo, conta a história do retorno de Odisseu à Ítaca, sua terra natal, após a Guerra de Tróia. Ao voltar pra casa, depois de trinta anos longe, o protagonista não reconhece mais aquele lugar, no caso uma metrópole.

O espetáculo, que estreou em 2012, apresenta um texto cheio de referências históricas e atuais. Em cena, os atores se transformam em vários personagens, e no decorrer desta aventura épica, porém bastante atual, buscam entender os últimos 30 anos da história do Brasil.

Os ingressos custam R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia entrada (estudantes, idosos e quem levar 1 litro de leite).

Nesta sexta, atores e espectadores realizam debate sobre seis espetáculos

Nesta sexta-feira (06), às 10 horas, será realizado na Casa da Cultura Dide Brandão um encontro que reunirá atores, espectadores e amantes do teatro para trocarem ideias e debaterem os processos de montagem dos espetáculos do III Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha: Pequeno Inventário de Impropriedades (Téspis Cia. de Teatro), Mistérios de Elêusis (Eranos Círculo de Arte), Um Príncipe Chamado Exupéry (Cia. Mútua), Alevanta Boi! (Cia. Manipuladora de Formas Etc i Tal) e Luisa (Cia. Experimentus Teatrais). Todos os encontros são abertos ao público.

Ainda na sexta-feira (06), na Casa da Cultura Dide Brandão, às 16 horas, acontece a discussão sobre o espetáculo “Por que a gente não é assim? Ou Por Que a Gente é Assado?” do Grupo Bagaceira (CE). Já a conversa sobre a peça “Como nasce um cabra da peste” do Grupo Agitada Gang de João Pessoa (PB), foi transferida para o sábado (07) após a apresentação do espetáculo às 20 horas, no Teatro Municipal de Itajaí, que encerra o festival. O debate é um importante espaço reservado para que os grupos possam expor suas experiências, pesquisas e processos de montagem dos espetáculos selecionados para o Festival.

Os espetáculos da Mostra Local em debate

O espetáculo Pequeno Inventário de Impropriedades, da Téspis Cia. de Teatro de Itajaí, foi apresentado no último domingo (01), e conta a história de um homem que vive dentro de um cotidiano previsível e repetitivo até que um acontecimento muda o rumo de sua vida. Saindo de uma vida ordinária, ele descobre o poder da violência latente dos dias em que vivemos. Ficção e realidade se misturam até não conseguirmos distinguir onde uma começa e a outra termina.

A peça Mistérios de Elêusis da Eranos Círculo de Arte de Itajaí, foi apresentada na última segunda (02) conta o mito de Deméter e Perséfone, onde ambas tinham uma profunda ligação, até que a filha foi raptada por Hades, deus do mundo dos mortos. Deméter, em profunda tristeza, dirige sua raiva aos homens e castiga a terra com infertilidade. Perséfone come das mãos de Hades sementes de Romã e é aprisionada para sempre. Mistérios de Elêusis é uma trilogia em teatro Lambe-lambe que narra três momentos desse mito.

Um Príncipe Chamado Exupéry, da Cia. Mútua de Itajaí, foi apresentado em duas sessões, na terça-feira (03) e conta a história de Exupéry, um jovem e destemido aviador. Ele e seus amigos, que juntos formam “os cavaleiros do céu”, enfrentam o mar, o céu, o ar, a noite, o deserto, as montanhas e as tempestades para cumprir seu ofício: transportar o correio aéreo. Essa vida de perigo, mistério e aventura inspira Exupéry a começar a escrever sua obra. Em uma época em que os aviões eram quase de papel, o jovem entregava cartas em escalas de voos diários, que se estendiam pela Europa, África e América do Sul.

Na quarta-feira (04), aconteceu a apresentação do espetáculo Alevanta Boi!, da Cia. Manipuladora de Formas Etc i Tal, de Itajaí. O espetáculo é um resgate da cultura popular das historias e cantorias de boi, como: o boi-bumbá, o bumba meu boi, o boi de mamão, etc. Matheus, um velho viajante chega com sua carroça puxada por um boi de mamão, abrindo espaço na praça, para mais uma de suas contações de histórias.

O espetáculo Luisa da Cia. Experimentus Teatrais de Itajaí, também foi apresentado na última quarta-feira (04), onde Luisa narra o seu reencontro com Agustín, que após doze anos de espera, volta de repente em uma noite para explicar-se. O universo de Luisa e o universo de Agustín se entrelaçam, em uma história que mistura fatos, memórias e imaginação. As lembranças, reais ou criadas, compõem uma trama tecida e destecida pelo tempo, pelo amor e pela espera.

Debate do sábado (07), às 21h no Teatro Municipal, após a apresentação do último espetáculo

A conversa com o Grupo Agitada Gang, sobre a peça Como nasce um cabra da peste, foi transferida para o sábado (07), após a apresentação do espetáculo às 20 horas, no Teatro Municipal de Itajaí, programação que encerra o III Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha. O espetáculo "Como nasce um cabra da peste" está centrado nos preparativos e procedimentos populares para o nascimento de uma criança no sertão nordestino. É um espetáculo que mesmo ao transportar para o palco essas situações numa abordagem cômica, o faz de maneira comovente, humana e respeitosa para com o homem do interior e sua cultura.

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